15 de junho de 2011

Empregado Solitário

Não são nem oito ainda
E eu não tenho o que fazer
Nem nada pra me distrair
Também não tenho o que dizer
Nem o que ouvir
Não há ninguém por aqui
Então não preciso sorrir
Não preciso fingir nem agir
Posso morrer sem saber
Sem contar que morri 
Ou que sumi
Não preciso mentir
E fugir não é necessário.

Trinta dias de silêncio,
Após, vem o salário
Miado não é recado
É o salário do empregado
Empregado solitário
Banhado de café preto
To apressado, ligado, instigado
E antes mesmo do horário
eu saio sem deixar recado
Amanha é sábado
E o sábio me diz que é hora de partir
Apaga a luz e acende a vela
É a minha hora
Estou pensando nela..

Nenhum comentário:

Postar um comentário